Reabertura da galeria Bianca Boeckel

A carioca Bianca Boeckel, que iniciou sua carreira atuando como advogada em escritórios, e que logo depois se tornou decidiu tornar-se executiva de contas para shoppings e empresas de telefonia, nunca esperava ser curadora de arte.

Foi em 2004, quando Bianca se mudou para Michigan a fim de terminar sua especialização em marketing, e acabou voluntariando-se na ONG Ten Thousand –  que comercializa obras de arte e  objetos provenientes de países subdesenvolvidos – que a futura especialista acabou descobrindo que arte era sua verdadeira paixão.

 Desde então, Boeckel já marcou presença na Sotheby ‘s de Nova Iorque, onde fez sua especialização em Curadoria, Art Visionary e Art Collections, além da NYU, MUBE e Casa do Saber, onde frequentou cursos de História da Arte.  

Em 2013, Bianca une seus conhecimentos de marketing e arte e inaugura a galeria que leva o seu nome, localizada na R. Domingos Leme, 73, na Vila Nova Conceição, em  São Paulo.

Desde então, o espaço já foi palco de mais de 30 exposições simplesmente maravilhosas feitas para qualquer um  que  busca de novidades em fotografia, pintura, esculturas e diversas mídias.

 Dentro do Hall da Fama da galeria, destaca-se exposições assinadas por nomes gabaritdíssimos como Camila Alvite, Ricardo Becker, Marcelo Greco, Nelson Porto, Jorge Feitosa e Lauren Shapiro. 

Em março de 2020 a galeria teve de fechar suas portas por conta da pandemia, e passou a ser online. Mas para a nossa sorte, tudo é passageiro, e a saudade que estávamos da galeria já ganhou uma data para acabar. 

Hoje, no dia 10 de junho, as portas da Galeria Bianca Boeckel voltam a abrir com um evento promissor que reúne mostras inéditas dos artistas Marcelo Tolentino  e DJ Papagaio. 

Além da dupla gabaritada, o evento de reabertura também conta com a presença indireta do Diretor de Relações Institucionais da Pinacoteca, Paulo Vicelli e da escritora Luiza Mussnich, que assinam como lindas palavras os textos de apresentação das mostras.

Intitulada de ‘Dia Útil’, o trabalho de Tolentino traz pinturas lindas e delicadas que retratam cenas domésticas e a beleza do cotidiano.

“Pelas mãos de Tolentino, as cenas domésticas mais banais passaram a ser atividades de  extraordinária beleza e significado. O uso inteligente das cores, seu traço rápido, mas  delicado, trouxeram para essas crônicas da vida contemporânea uma leveza e uma beleza  tão necessárias nesses duros tempos que vivemos. ” Ressalta Vicelli em seu texto.

Já ‘Xilo’ do DJ Papagaio – que inclusive realiza sua primeira exposição, simbolizando uma transição autêntica e natural de DJ para artista plástico- nos traz obras esculpidas em madeira que possuem diferentes formatos do cotidiano. 

“Na sua série de “Xilotecas”, Papagaio cataloga o tempo e a história através das madeiras e reproduz nelas  uma vasta variedade de esculturas como garrafas, lâmpadas, charutos, esferas, bancos. Cada coleção é  composta por tipos únicos de madeiras, com seu degradê de textura, forma e coloração. Se a música é  considerada uma arte do tempo, a escultura existe no espaço.”  pontua Mussnich.

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