Momentos da SPFW N51 que nos fizeram sentir orgulho de ser brasileiro

A semana passada foi internacionalmente marcada no mundo da moda pela ocorrência da 51ª edição do evento que mais enche os nossos corações de orgulho: a nossa querida São Paulo Fashion Week.

Com um total de 43 desfiles em 5 dias, os designers brasileiros trouxeram às passarelas importantes temáticas, como diversidade, natureza, moda sem gênero e,  claro, a pandemia e seus impactos em nosso cotidiano que foram todas convertidas em maravilhosas peças que marcam os olhos de quem vê.

Pela segunda vez consecutiva, o evento ocorreu integralmente online, tendo os clássicos desfiles substituídos por fashion films –   o que não serviu de motivo para ficarmos menos apaixonados ou fascinados por tudo que vimos! Muito pelo contrário, pois assim tivemos a oportunidade de ver todos os desfiles, que foram transmitidos em tempo real pelo site do evento.

A diversidade nas passarelas

Ainda no ano passado – quando o maior evento de moda da América Latina comemorava sua 50ª  edição – fomos todos gratamente surpreendidos pela instituição de uma lei que mudaria para melhor os rumos da semana de moda: uma cota racial que obriga que 50% dos modelos do evento sejam negros, afrodescendentes ou indígenas.

A nova edição, além de dar continuidade na pauta, concedeu ainda mais voz à diversidade ao incluir no seu casting de designers 8 marcas participantes do projeto Sankofa, que oferece visibilidade e apoio aos empreendedores de minoria racial, acelerando seu desenvolvimento e relevância dentro do mercado.

Meninos Rei, Naya Violeta, Mile Lab, Santa Resistência, Az Marias, Silvério, TA Studios e Ateliê Mão de Mãe foram as etiquetas da vez que utilizaram das passarelas digitais um espaço para transmitir mensagens de empoderamento e igualdade. Adoramos vê-las na SPFW!

A era das jóias

A SPFW N51 também será para sempre marcada pela estreia do segmento de joias no evento.

Trazendo um importantíssimo protagonismo para aquilo que antes era reduzido à categoria de acessórios, a Esfér se tornou a primeira joalheria a se apresentar na SPFW!

E, com peças neutras que priorizam a atemporalidade e a não-definição de gênero, a dupla João Viegas e Aldo Miranda abriram com chave de ouro – literalmente –  as portas para um segmento que queremos continuar vendo nas edições futuras.

 

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Esfér (@esfer)

 

Mais momentos inesquecíveis

O desfile da Lilly Sarti, que exibiu modelos que refletem um  processo de autoconhecimento dividido entre três etapas – percepção do eu, reflexão do ser e dimensão do sagrado  – também nos marcou ao tratar de um tema tão sensível, delicado e atual de forma delicada e elegante.

 

 

Um outro desfile que ficou em nossa memória foi o da Carol Bassi, que fez seu début  nas passarelas da SPFW com uma linda homenagem à cidade maravilhosa.  Com um fashion film  estrelado pela atriz e cantora Bárbara Fialho, o desfile se tornou um verdadeiro sopro de leveza, com música e gingado próprio. Um verdadeiro Borogodó. A coleção foi feita 

em parceria o stylist Marco Gurgel, amigo de longa data,  e recebe um teor bem feminino e veranesco, com vestidos de tricoline de algodão com babados, laços e volumes, principalmente, nas mangas.

A coleção Carol Bassi + Marco Gurgel nos lembra que podemos ter um lindo verão!

 

 

A SPFW se encerrou neste domingo com o desfile da Flavia Aranha – e que desfile!

A marca conhecida por seu design liso e de superfícies inteiras deixou essa característica de lado e nos surpreendeu ao trazer uma coleção inédita, toda  trabalhada no recorte e mistura de cores. A razão da mudança era o produto de uma ação sustentável da marca, que reutilizou, através do método de patchworking, aproximadamente 500 kg de sobras de tecidos de coleções passadas para criar essa nova. Que iniciativa incrível!

 

Leave a reply

EN