Responsável por retratos icônicos de lendas da indústria da moda, música e filmes, o fotógrafo Patrick Demarchelier faleceu aos 78 anos nesta semana. Conheça mais da trajetória deste que marcou a história da fotografia.
Em agosto de 1943, na cidade de Le Havre, na França, nascia aquele que viria a ser um dos maiores nomes da fotografia internacional de moda: Patrick Demarchelier. Autodidata, iniciou sua jornada na adolescência com uma câmera presenteada pelo padrasto, fotografando casamentos e fotos para documentos.
Aos 20 anos, mudou-se para Paris, e começou a trabalhar como assistente do fotógrafo suíço da Vogue, Hans Feurer, emprego que o introduziu no mundo da moda. Não demorou muito para sua carreira deslanchar, fotografando para a Vogue americana antes mesmo de se mudar para Nova York, em 1975.
A partir daí, o sucesso foi total. Em 1989, fez sua capa mais memorável na Vogue, estampando a diva do pop Madonna, além de se tornar fotógrafo pessoal da Princesa Diana, sendo o primeiro não britânico a assumir o cargo.
Durante sua carreira, foi responsável por registrar momentos e nomes memoráveis da indústria da moda e do entretenimento, como capas de álbuns icônicos como o “In the Zone” de Britney Spears, e a capa comemorativa de 100 anos da Vogue americana, com as maiores supermodelos da época.
Em 2018, se envolveu em uma série de polêmicas quando, no auge do movimento “Me Too”, que denunciava casos de assédio sexual, foi acusado de má conduta com modelos. O fotógrafo recusou todas as acusações na época.
Gisele Bündchen, que trabalhou com Demarchelier pela primeira vez aos 16 anos, usou suas redes sociais para lamentar a morte de Patrick, contando que ele foi um dos primeiros a acreditar em seu potencial. “Só tenho boas lembranças e me sinto muito sortuda por ter trabalhado com ele tantas vezes ao longo dos anos. Patrick sentiremos sua falta!”, declarou a top model.
Com uma carreira marcada por retratos icônicos e momentos impressionantes, Demarchelier deixa um legado de mais de 50 anos de produção fotográfica.