Pela primeira vez na Paris Fashion Week, a jornalista Luiza Brasil traz uma cobertura do evento sob uma perspectiva fresh, mais jovem e consciente, conectando moda e política.
Através de sua conta pessoal, a Mequetrefismos, e pela colaboração com a revista Glamour, Luiza trouxe destaque a causas políticas e a personalidades negras, geralmente pouco comentadas por jornalistas no evento. Em diálogo com Isabel Marant, frisou a posição que a designer tem tomado frente à Guerra na Ucrânia, e em um momento especial com Olivier Rousteing, diretor criativo da Balmain, ressaltou a importância do designer como referência negra no mercado de luxo.
Sua cobertura do evento foi divertida e descontraída, mas sem perder a seriedade. Em seus comentários sobre os desfiles, ela levanta questões importantes, gerando reflexões que vão além da estética do desfile, mas tocam pontos políticos e sociais. Sobre as minissaias da Miu Miu, por exemplo, Luiza comenta que pensa se elas realmente têm a proposta de libertação do corpo, ou se apenas objetifica e exclui certos tipos de corpos ainda mais. Sobre o desfile de Dior, ela destaca o resgate de peças como o corset, antes signos de opressão, ressignificadas e transformadas em símbolo de poder.
Seu olhar único sobre o evento é tudo o que mais precisamos hoje. É a lembrança de que a moda não se resume a roupas e coisas bonitas, mas que está conectada a questões políticas e sociais.