Supreme supremacy: do streetwear ao luxo, a gigante agora toma café na Tiffany’s

Nascida para ser abrigo da contracultura nova-iorquina, a Supreme cresceu e flerta cada vez mais com o luxo da alta moda. Na mais recente empreitada, anuncia inédita parceria com a tradicional joalheria Tiffany & Co, unindo o subversivo mundo das ruas à elegância clássica das jóias finas. Com o poder da juventude em suas mãos, a Supreme se mostra decidida a conquistar o mercado de luxo, e nós estamos amando!

 

Após trabalhar por anos com Shawn Stüssy – gigante da moda surf e skate – James Jebbia idealizava criar um ambiente que unisse a moda, arte e música underground em um só lugar. Assim, em 1994, no Soho de Nova Iorque, foi fundada a primeira loja Supreme, dando início à história da marca que se tornou um dos maiores nomes da moda de rua – e hoje, de luxo.

Desde seu início a marca investiu na ideia de exclusividade e seletividade. Assim, suas poucas lojas e coleções sempre compostas por pouquíssimas peças chamam a atenção da geração “hypebeast” – aquela atraída por itens exclusivos e de alto valor – e assumem valores altíssimos, tornando-se praticamente itens de coleção, extremamente cobiçados. Essa dinâmica fez com que a marca se aproximasse cada vez mais do universo do luxo, que também vinha flertando com a moda street por conta de seu crescente valor de mercado. 

Com isso, em 2017, uma colaboração com a Louis Vuitton – uma surpresa para muitos, já que em 2000 a gigante francesa processou a marca nova iorquina por utilizar seu logo sem autorização em uma coleção – foi o pontapé inicial para uma sequência de colaborações da Supreme com grandes marcas de luxo. Comme des Garçons, Jean Paul Gaultier, Yohji Yamamoto e Emilio Pucci foram algumas das casas que firmaram parcerias de sucesso com a marca. 

Na mais recente e inédita empreitada da empresa, a Supreme anunciou nesta semana uma nova coleção em colaboração com a tradicional joalheria Tiffany & Co. Marcando a primeira vez em que a Supreme se aventura no universo das joias, a coleção faz parte da campanha de rebranding da joalheria, a chamada “Not Your Mother ‘s Tiffany”, que busca agregar um ar mais jovial à imagem clássica da empresa. Nada se mostra mais apropriado, então, do que se unir à marca mais jovem e cool do momento. 

Toda a jornada de aproximação da Supreme com o luxo da alta moda tem gerado um buzz cada vez maior em torno da marca, tornando-a cada vez mais cobiçada e admirada. Isso fez com que, em 2020, ela fosse comprada pelo grupo VF Corps (dono de marcas como Vans e The North Face) por US$ 2,1 bilhões. A compra pelo grupo especializado em marcas majoritariamente de active wear e street wear traz uma possibilidade de um novo capítulo para a marca, buscando conciliar sua origem de conexão com as ruas ao caráter elitista do mundo do luxo.  

 

A Supreme ainda promete dar muito o que falar, e nós vamos ficar de olho!

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